Medicina
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29/6/2023

O que é saúde suplementar? Quais os desafios enfrentados pelo setor?

O setor de saúde suplementar é um dos pilares no cenário brasileiro, e auxilia na oferta de serviços médicos para a população.

Esse segmento oferece maior flexibilidade e autonomia para os pacientes escolherem os ambientes, instituições e profissionais que desejam em seus atendimentos.

Além disso, também trabalham para reduzir as demandas do sistema público, garantindo que todas as pessoas tenham direito à saúde.

Por esse motivo, é fundamental entender o que é e como esse cenário funciona. Confira essas e outras informações no conteúdo especial que preparamos sobre o assunto!

O que é saúde suplementar?

A saúde suplementar é um sistema de assistência médica privada, proposto pelas operadoras e seguros médicos, sem vínculos com o Sistema Único de Saúde (SUS).

Também conhecido como sistema de saúde privado ou plano de saúde, o setor visa oferecer serviços adicionais aos cidadãos que desejam cobertura além daquela fornecida pelo Governo, sem perder direito a esse atendimento.

Os planos de saúde privados podem ser adquiridos por meio de empresas, associações profissionais ou diretamente pelos indivíduos. 

Dessa forma, os beneficiários pagam mensalidades ou prêmios para obter acesso a uma rede de prestadores de serviços de saúde privados, que incluem hospitais, clínicas, laboratórios e médicos credenciados.

Qual o objetivo da saúde suplementar?

O objetivo da saúde suplementar é auxiliar no acesso popular a serviços médicos e assistência hospitalar.

Embora o SUS seja um dos principais programas de atendimento em termos de propostas públicas, ele não atende integralmente a demanda populacional, comprometendo o direito básico dos residentes brasileiros.

Por isso, operadoras e corretoras de seguros privados atuam oferecendo aos indivíduos a oportunidade de obter atendimento médico em hospitais, clínicas e consultórios particulares.

Isso proporciona uma alternativa ao sistema público, que muitas vezes pode ter limitações em termos de disponibilidade e tempo de espera.

Além de agilizar o atendimento, também permite que os beneficiários aproveitem tratamentos mais ágeis e assertivos, algo fundamental em muitos quadros graves.

A saúde suplementar também ajuda a diversificar o rol de serviços e produtos médicos disponíveis, com mais alternativas e especialidades.

Isso permite que os clientes possam escolher seus profissionais, hospitais e abordagens, utilizando uma rede confiável e flexível para decidir sobre seu bem-estar.

Quem regulamenta a saúde suplementar no Brasil?

No Brasil, a saúde suplementar é regulamentada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), uma unidade governamental responsável por supervisionar e regular o setor. 

A responsabilidade dessa instituição é criar e implementar normas para o segmento, além de fiscalizar as atividades das operadoras e regular o fluxo de serviços entre prestadores de serviços, companhias privadas e beneficiários.

Além disso, a saúde suplementar deve seguir as determinações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), responsável pelas inspeções do mercado, e do Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência (SBDC), que regula a economia desses serviços.

Embora não sejam os órgãos de fiscalização principais, eles também possuem normas que validam e autorizam as atividades de cada operadora.

Quais as modalidades da saúde suplementar?

Existem oito modalidades da saúde suplementar definidas pela ANS, sendo elas:

  1. Administradora de Benefícios: atua como intermediária entre as operadoras de planos de saúde e os beneficiários dos planos;
  2. Autogestão: administrada por uma empresa ou associação de profissionais, que organiza e gerencia o plano de saúde para seus próprios membros;
  3. Cooperativa Médica: organizações formadas por profissionais de saúde que se unem para oferecer serviços médicos e hospitalares aos seus cooperados;
  4. Cooperativa Odontológica: semelhante à cooperativa médica, mas voltada para atendimentos odontológicos;
  5. Filantropia: entidades filantrópicas que oferecem assistência médica aos seus associados, geralmente com foco em grupos específicos;
  6. Medicina de Grupo: grupo de médicos que se une para oferecer assistência médica aos beneficiários de planos de saúde;
  7. Odontologia de Grupo: grupo de dentistas que se une para oferecer assistência odontológica aos beneficiários;
  8. Seguradoras Especializadas em Saúde: empresas de seguros que se dedicam exclusivamente à oferta de planos e serviços relacionados à área.

Dessa forma, todas as instituições de saúde suplementar devem se enquadrar em uma dessas modalidades para receberem autorização e atenderem pacientes.

Qual a diferença entre saúde suplementar e complementar?

Enquanto a saúde suplementar abrange todos os serviços e atendimentos particulares prestados sem vínculo com o SUS, a saúde complementar se refere a empresas de iniciativa privada que são parte do sistema público.

Nesse caso, essas instituições atuam mediante contrato de direito público ou convênio, sendo contratadas pelo Governo Federal.

Dessa forma, embora sejam empresas privadas, elas atendem pelo SUS e participam das atividades do sistema público. No entanto, devem se submeter a todas as normas e regulamentações do programa.

Por outro lado, na saúde suplementar, as operadoras atuam com suas próprias diretrizes, sem quaisquer ligações com o SUS.

Desafios da saúde suplementar no Brasil

Apesar da importância e abrangência, a saúde suplementar no Brasil ainda enfrenta uma série de desafios em sua atuação. Conheça alguns desses obstáculos:

Integração de dados

Um dos desafios enfrentados pela saúde suplementar no Brasil é a integração de dados. Com o aumento constante do número de beneficiários e perfis nos bancos de dados das operadoras de saúde, surge a dificuldade de integrar e compartilhar essas informações de forma eficiente. 

Sem plataformas ou sistemas alinhados, os profissionais e as instituições têm dificuldade em monitorar todos os dados relevantes para uma oferta assertiva de serviços.

Além disso, a falta de integração adequada entre os bancos de diferentes prestadores e operadoras pode levar a problemas como falta de acesso a históricos médicos completos, duplicação de exames e dificuldades na coordenação do cuidado entre diferentes especialistas.

Desperdícios de recursos

Outro desafio significativo na saúde suplementar é o desperdício de recursos devido a tratamentos, exames e procedimentos desnecessários. 

Muitas vezes, os pacientes solicitam esses serviços por falta de conhecimento sobre o que procurar ou por pressões comerciais. 

Isso resulta em um uso ineficiente dos recursos, aumentando os custos para as operadoras e os próprios beneficiários. 

Nesse caso, é necessária a conscientização e a educação dos pacientes, aliadas a uma melhor comunicação entre médicos, beneficiários e operadoras. No entanto, ainda existem dificuldades em alcançar esse alinhamento e reduzir o desperdício.

Criação de um ecossistema

A falta de integração e colaboração internas nas operadoras de saúde, hospitais e redes credenciadas é um obstáculo enfrentado pela saúde suplementar no Brasil. 

Muitas instituições não possuem um alinhamento efetivo com bancos de dados importantes, como prontuários eletrônicos e atualizações dos seus centros de atendimento.

Isso pode levar a problemas de comunicação, falta de acesso a informações atualizadas e dificuldades na coordenação do cuidado. 

Mesmo que a empresa possua plataformas digitais, por exemplo, existe um desafio na interligação dessas ferramentas, de modo que os processos ocorrem individualmente, e não como um fluxo contínuo.

Como superar esses obstáculos na saúde suplementar?

Para superar esses obstáculos na saúde suplementar, vale adotar algumas estratégias que auxiliam na oferta de um serviço mais aprimorado e completo. Veja algumas sugestões:

Investimento na medicina preventiva

Uma abordagem importante para superar os obstáculos na saúde suplementar é investir na medicina preventiva, que visa identificar e tratar problemas de saúde em estágios iniciais, antes que se tornem mais graves e onerosos. 

Dessa forma, em vez do paciente procurar atendimento quando o quadro estiver agravado, ele poderá contatar os profissionais para consultas de rotina e tratamentos mais simples.

Nesse caso, as operadoras de saúde podem desenvolver programas de prevenção de doenças, incentivando hábitos saudáveis, além de oferecer check-ups regulares.

Ainda, vale trabalhar com atendimentos complementares, como oferecer vacinação e promover campanhas de conscientização. 

Isso permite reduzir a necessidade de tratamentos caros e desnecessários, resultando em economia de recursos e melhoria da qualidade de vida dos beneficiários.

Adoção de plataformas inteligentes

Além disso, a adoção de ferramentas inteligentes e tecnologias inovadoras como a Inteligência Artificial também é essencial para superar os desafios da saúde suplementar.

Plataformas digitais de IA com recursos avançados, como as soluções da NeuralMed, permitem administrar e compartilhar dados com maior segurança e eficiência.

Desse modo, as operadoras poderão criar uma rede de comunicação com hospitais e outros profissionais, aprimorando os serviços oferecidos aos beneficiários.

Além disso, soluções inovadoras com inteligência artificial, como as da NeuralMed, por exemplo, entregam valor ao sistema de saúde como um todo, tanto na priorização do atendimento como na descoberta de casos críticos.

Isso significa que a operadora ou instituição privada terão maior facilidade em atender ao cliente e propor alternativas assertivas para auxiliar em cada caso, identificando padrões e reduzindo o desperdício de recursos.

Vale a pena aprimorar a saúde suplementar no Brasil?

Sim, vale a pena investir na saúde suplementar no Brasil, sendo um setor importante para o cenário e para a população.

Sem essas instituições, o sistema de atendimento público seria incapaz de suprir a demanda de todas as pessoas, enquanto oferece um serviço de qualidade.

Com operadoras de planos, seguradoras e instituições privadas, é possível se alinhar às propostas públicas e complementar a oferta de saúde no Brasil.

Além disso, investir em tecnologias, como as da NeuralMed, permite aproveitar os benefícios e enfrentar os desafios do setor na busca por um serviço cada vez mais qualificado.

Por esse motivo, é interessante não apenas aprimorar essa área, como também contar com plataformas inteligentes para auxiliar nesse objetivo. 

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