Medicina
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21/5/2024

Você conhece as aplicações da realidade virtual na medicina?

A realidade virtual na medicina é uma inovação tecnológica que está transformando a prestação de serviços médicos em diversas áreas da saúde. 

Abrangendo diversos campos, como treinamentos cirúrgicos, estudo de anatomia, bio simulação, biomecânica e imagenologia médica, essas aplicações demonstram diversos benefícios, desde a qualificação de profissionais, até o tratamento de pacientes.

Para saber mais sobre o assunto, entender a diferença entre a realidade virtual e realidade aumentada, dentre outros aspectos, continue acompanhando o conteúdo!

O que é realidade virtual?

A realidade virtual é uma tecnologia que permite a criação de ambientes imersivos, onde os usuários podem interagir e se envolver em cenários tridimensionais gerados por um computador. 

Na saúde, essa é uma abordagem inovadora, e tem sido aplicada de diversas formas, proporcionando benefícios tanto para o tratamento dos pacientes quanto para a formação dos profissionais da área. 

Além disso, esse recurso vem sendo aplicado em diferentes nichos e formatos da medicina, como:

  • medicina preventiva;
  • simulação de cirurgia;
  • adaptação de atividades terapêuticas;
  • entre outras aplicações. 

Qual a diferença entre realidade virtual e realidade aumentada?

A diferença entre realidade virtual (RV) e realidade aumentada (RA) reside na forma como essas tecnologias interagem com o ambiente e com o usuário. 

Enquanto a realidade virtual permite a integração com um mundo em constante transformação digital, atualizando o ambiente real por conteúdo virtual gerado por computador.

Logo, a realidade aumentada é capaz de misturar elementos virtuais com o ambiente real, sobrepondo informações e gráficos específicos em um contexto real, criando um ambiente simulado. 

Enquanto isso, a RA adiciona elementos virtuais ao mundo real, proporcionando uma experiência interativa e em tempo real. 

Como surgiu a realidade virtual?

A realidade virtual teve suas origens em diferentes momentos. O conceito moderno foi fundado no início de 1980, por Jaron Lanier, fundador da VPL Research Inc.

No entanto, os primeiros passos em direção à realidade virtual remontam às décadas anteriores. Em 1853, o britânico Charles Wheatstone inventou os óculos estereoscópicos, que proporcionavam uma sensação de volume e singularidade ao sobrepor duas imagens lado a lado. 

Já na década de 1960, o cientista Morton Heilig criou o Sensorama, um dispositivo que oferecia uma experiência sensorial imersiva com movimento, visão, som e até mesmo odores. 

Nesse mesmo período, engenheiros da Philco desenvolveram o Headsight, um projeto de estímulo visual e reconhecimento de objetos por meio de uma câmera remota. 

Como funciona a realidade virtual na medicina?

A realidade virtual na medicina funciona por meio da criação de ambientes virtuais imersivos que permitem aos profissionais de saúde e pacientes interagirem com cenários tridimensionais gerados por computador. 

A realidade virtual na medicina permite:

  • Diagnósticos mais precisos;
  • Tratamentos inovadores;
  • Controle de dor;
  • Terapias expostas;
  • Treinamentos profissionais imersivos;
  • Recuperação de traumas;
  • Inserção social de autistas. 

A análise fornecida pela realidade virtual permite uma experiência sensorial avançada, ampliando a percepção dos cinco sentidos e criando ambientes que simulam o mundo real.

Dessa forma, se torna possível contribuir com maior eficiência para a evolução da prática médica e o bem-estar dos pacientes.

Quais as principais aplicações da realidade virtual na medicina?

As principais aplicações da realidade virtual na medicina incluem:

Treinamento de profissionais

A realidade virtual na medicina é amplamente utilizada para o treinamento de profissionais de saúde, proporcionando uma experiência prática e interativa que permite aprimorar habilidades técnicas em um ambiente seguro e controlado. 

Essa tecnologia não apenas melhora a precisão e a segurança dos procedimentos, mas também possibilita uma avaliação detalhada do desempenho dos profissionais, identificando áreas de destaque e oportunidades de aprimoramento. 

Por meio da análise com simulações, é possível avaliar competências, tanto técnicas quanto não técnicas, de médicos e estudantes, fornecendo “feedback” personalizado e auxiliando no desenvolvimento de planos de treinamento específicos.

Controle de dor

A realidade virtual na medicina tem se destacado no controle da dor, uma vez que oferece uma abordagem inovadora e eficaz em pacientes. 

Com ambientes virtuais imersivos, a tecnologia tem demonstrado um grande potencial no tratamento de dores crônicas e agudas, proporcionando alívio sem depender exclusivamente de medicação.

Nesse contexto, vale a pena mencionar que a realidade virtual imersiva é reconhecida como uma terapia não-invasiva e não-farmacológica, e pode ser uma alternativa efetiva para o manejo da dor.

Medicina preventiva

A realidade virtual na medicina tem um papel significativo na medicina preventiva, sendo uma abordagem inovadora para educar e envolver os pacientes em escolhas saudáveis ​​de estilo de vida. 

Por meio da realidade virtual, os pacientes podem ser educados sobre questões de saúde, como parar de fumar, reduzir o consumo de álcool e praticar exercícios físicos, de uma forma interativa e envolvente.

Além disso, a tecnologia pode ser utilizada para proporcionar experiências aos pacientes, permitindo que eles tenham uma visão mais clara dos impactos de suas escolhas de estilo de vida na saúde. 

Atlas NeuralMed

Dentro da medicina preventiva, o Atlas, uma solução de IA da NeuralMed é uma ferramenta inovadora, que favorece a planos de saúde e hospitais, por exemplo, já que ela é capaz de identificar e mapear situações de alto risco antes que entrem na fase aguda da doença. 

Com a análise de informações como o uso de medicamentos, sintomas relatados, histórico médico e familiar, o Atlas permite uma abordagem proativa na gestão da saúde dos pacientes recentes. 

Ainda, com algoritmos em tempo real, a ferramenta monitora o cumprimento do plano de cuidado personalizado e avalia a evolução do indivíduo, possibilitando ajustes e intervenções oportunas por parte do médico para melhorar o tratamento. 

Essa abordagem coordenada e preventiva é especialmente relevante para condições crônicas como:

  • Diabetes;
  • Hipertensão;
  • Obesidade;
  • Dislipidemia;
  • Doença renal crônica;
  • Entre outras.

Desse modo, a tecnologia pode contribuir para cuidados mais eficazes, seguros e personalizados.

Diagnósticos e avaliações

A realidade virtual é uma tecnologia essencial em diagnósticos e avaliações, visto que permite uma análise mais aprofundada e digital do paciente. 

Inovadora, a ferramenta possibilita uma compreensão mais detalhada da condição de saúde de um indivíduo, oferecendo uma visualização tridimensional e interativa de estruturas anatômicas e patológicas. 

Assim, por meio de simulações virtuais, os profissionais de saúde podem explorar o corpo humano de forma mais precisa, identificando anomalias, oferecendo procedimentos e avaliando o progresso do tratamento. 

Quais os benefícios de usar a realidade virtual na medicina?

Os benefícios de usar a realidade virtual na saúde são diversos e impactam significativamente a prática clínica e o cuidado com os pacientes. 

Alguns dos principais benefícios incluem:

Profissionais mais treinados

O uso da realidade virtual na medicina oferece vantagens significativas, como, a capacitação de profissionais de saúde de forma mais eficaz e segura. 

A tecnologia permite treinamentos médicos mais precisos, onde é possível praticar procedimentos complexos, como cirurgias, em ambientes virtuais sem expor pacientes a riscos. 

Isso resulta em profissionais mais bem treinados, confiantes e reforçados, melhorando a qualidade dos cuidados de saúde prestados. 

Integração de dados e atividades

A integração de dados e atividades por meio da realidade virtual na medicina amplia as possibilidades de análise e intervenção, contribuindo para uma prática clínica mais eficiente e personalizada.

Com a tecnologia é possível ter acesso a dados médicos e união de diferentes atividades, e dessa forma ter uma compreensão mais profunda e precisa do histórico médico do paciente. 

Além disso, com essa abordagem é possível reproduzir digitalmente a condição de um indivíduo, possibilitando uma análise mais minuciosa e interativa da situação clínica, auxiliando no diagnóstico e no planejamento do tratamento.

Tratamentos mais assertivos

A realidade virtual na saúde é vista como uma promessa para tornar os tratamentos mais assertivos, como o câncer.

Afinal, a tecnologia tem sido aplicada para melhorar diagnósticos, personalizar abordagens médicas e acelerar processos clínicos, contribuindo para a identificação de perfis genéticos de tumores, permitindo decisões mais precisas e rápidas nos tratamentos.

Diferencial competitivo

No contexto competitivo da medicina, a realidade virtual se destaca como um diferencial significativo ao oferecer experiências inovadoras, personalizadas e interativas.

Essa tecnologia revoluciona os padrões de cuidados médicos ao fornecer ambientes imersivos que melhoram a experiência do paciente, aumentando a adesão aos tratamentos e gerando resultados terapêuticos mais positivos. 

Além disso, a realidade virtual na medicina promove uma abordagem mais centrada, permitindo uma personalização dos tratamentos conforme as necessidades individuais, o que resulta em uma melhoria na qualidade do atendimento e na eficácia dos tratamentos.

Case GNDI NeuralMed

O GNDI, maior sistema de saúde suplementar do Brasil e a maior empresa verticalizada do mundo, pode ser considerado um exemplo de sucesso.

Com economias significativas, como, o de gastos de até R$ 22 mil por paciente ao ano, o case conseguiu identificar possíveis problemas em indivíduos, e encaminhá-los para programas preventivos. 

Monitorando mais de 150 mil vidas em uma regional, a empresa descobriu mais de 3 mil pacientes elegíveis para tratamento preventivo, como diabéticos, hipertensos, obesos e dislipidêmicos, que até então não eram conhecidos pela instituição. 

Desse modo, essa abordagem demonstra como a identificação precoce e o direcionamento para programas preventivos podem não apenas melhorar a qualidade de vida dos pacientes, mas também resultar em economias relevantes.

Vale a pena investir na realidade virtual para a medicina?

Investir na realidade virtual para a medicina é uma decisão que pode proporcionar diversos benefícios. 

Essa tecnologia oferece diversas aplicações práticas, como treinamento preciso para profissionais de saúde, melhoria no tratamento para pacientes, terapia exposta, controle da dor, entre outros. 

Além disso, a realidade virtual na medicina não apenas melhora a qualidade dos cuidados médicos, mas também pode resultar em economias substanciais, como o GNDI.

Portanto, considerando os benefícios e avanços que a realidade virtual proporciona na saúde, investir nessa tecnologia pode ser uma estratégia valiosa para melhorar a prática médica e a experiência dos pacientes.