Como reduzir a sinistralidade na saúde? Entenda na prática!
Se o seu objetivo é consolidar sua instituição de saúde aumentando a lucratividade do negócio, saber como reduzir a sinistralidade na saúde é fundamental.
Os planos assistenciais são serviços essenciais para a população, oferecendo não apenas coberturas nos atendimentos médicos, mas também trazendo mais tranquilidade para os titulares.
E parte da responsabilidade das operadoras é contribuir para esse conforto e segurança, por meio de uma administração justa e eficiente.
No entanto, isso não é possível se a companhia não possuir um controle adequado sobre os serviços, ou identificar resultados pouco positivos em sua atuação, comprometendo suas finanças e sua capacidade de atender ao público.
Nesse caso, um dos primeiros passos é saber como identificar as falhas e omissões dos planos, e encontrar estratégias que diminuam essas ocorrências negativas.
Felizmente, já é possível reduzir a sinistralidade na saúde por meio de soluções tecnológicas e práticas mais saudáveis para a empresa. Confira como fazer isso na sua instituição com o conteúdo que preparamos.
O que é a sinistralidade na saúde?
A sinistralidade na saúde é a relação entre a quantidade de procedimentos solicitados pelos beneficiários e o valor pago por eles para as operadoras.
Na prática, é o valor que a operadora dos planos assistenciais está pagando para arcar com tratamentos e atendimentos.
Quando o titular ou dependentes fazem um pedido relacionado à saúde, como exames ou consultas, isso gera um sinistro coberto pela instituição. Posteriormente, esse valor é liquidado pela mensalidade que o beneficiário paga.
Nesse caso, o indicador que compara a quantidade de procedimentos e os valores gastos pela empresa é conhecido como sinistralidade.
Nem sempre esse valor é considerado negativo, pois se o resultado for relativamente baixo, indica uma relação saudável nas finanças da operadora.
Contudo, o cenário brasileiro vem identificando um crescimento considerável nos últimos anos. De acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o índice de sinistralidade nas operadoras de saúde foi de 75% para 82% apenas no primeiro trimestre de 2021.
Isso indica a necessidade de reduzir a sinistralidade na saúde por parte dessas instituições.
Por que diminuir a sinistralidade na saúde é tão importante?
Diminuir a porcentagem desse índice na saúde é fundamental para impactar positivamente diversos setores das instituições e operadoras de planos.
Veja alguns dos pontos que mais se destacam e incentivam essa redução:
Custos assistenciais
Em um primeiro momento, o fator de maior incentivo para reduzir a sinistralidade na saúde são os custos assistenciais arcados pela operadora.
O serviço deve ser de qualidade, mas manter-se de acordo com as projeções da companhia para cada contrato combinado.
Isso significa que os gastos com a cobertura de tratamentos e atendimentos não devem prejudicar as finanças da companhia. Além de impactar seu orçamento e faturamento, também impede que ela se desenvolva para continuar atendendo ao público.
Com uma diminuição adequada, é possível ter menos custos assistenciais e operar dentro da margem prevista e acordada.
Qualidade de vida para o paciente
Ainda, ao implementar estratégias em busca de reduzir a sinistralidade na saúde, as operadoras poderão proporcionar uma melhor qualidade de vida para o paciente.
Inicialmente, será possível distribuir os recursos de forma mais eficiente, ampliando os serviços cobertos e atendendo o público com mais assertividade.
No entanto, existem outros impactos relevantes, como, por exemplo, focar uma maior atenção nas necessidades do paciente, e identificar seu quadro o quanto antes, encaminhando para a equipe responsável.
Ela não apenas poderá atendê-lo melhor, mas também evitará consultas e exames desnecessários, o que diminui os gastos da própria operadora e oferece maior conforto ao titular.
Lucratividade para a operadora
Com um índice de sinistralidade elevado, menor será a lucratividade restante para a arrecadação da operadora.
Afinal, ela terá mais custos assistenciais para cobrir os atendimentos, sem que as mensalidades e contribuições sejam suficientes para liquidar essas saídas.
Contudo, ter um planejamento efetivo para reduzir esse índice na companhia permitirá um faturamento líquido maior e, consequentemente, mais lucros para operar e reinvestir nos serviços oferecidos.
Como calcular a sinistralidade na saúde?
O cálculo da sinistralidade na saúde é feito de forma simples, dividindo o valor gasto pelos usuários pela quantia paga pela operadora. Em seguida, é necessário multiplicar o resultado por 100, para gerar uma porcentagem.
Como exemplo, imagine que uma empresa paga um prêmio de R$100 mil para uma operadora de saúde oferecer planos coletivos aos colaboradores.
No entanto, durante o período avaliado, constatou-se que os titulares gastaram R$200 mil em consultas, exames, internações e outros tipos de serviços médicos previstos no contrato.
Aplicando a fórmula para calcular, é possível obter: R$200.000/R$100.000 = 2.
Em seguida, multiplica-se o resultado por 100, encontrando o valor de 200%. Essa é a porcentagem de sinistralidade na saúde para aquela operadora.
A partir desse resultado, é possível traçar dados mais concretos sobre os planos, os custos assistenciais e estratégias que busquem reduzir esse indicador.
Vale a pena reforçar que o valor pode ser positivo. Por exemplo, uma companhia recebe R$100 mil de prêmio, mas os titulares dos planos gastaram apenas R$50 mil em serviços. Segundo o cálculo, o valor seria de 0,5 ou 50%.
Nesse caso, os custos estão dentro do orçamento e indicam uma relação saudável entre os valores e os contratos.
Ainda, essa métrica pode ser aplicada em outras situações, como durante um período menor de tempo, ou voltada apenas para certa categoria, como o índice de custos apenas com consultas.
Cada avaliação irá contribuir de uma forma para ajudar a reduzir a sinistralidade na saúde.
Como reduzir a sinistralidade na saúde?
Depois de entender qual a porcentagem na sua instituição, existem algumas estratégias que podem ajudar a reduzir a sinistralidade na saúde. Confira as principais sugestões para implementar:
Investimento em inteligência artificial
Investir em inteligência artificial é fundamental para as operadoras que desejam otimizar seu controle de sinistralidades.
Essas inovações permitem uma avaliação mais completa e ágil dos dados tratados pela companhia, um volume que aumentou consideravelmente com o avanço da tecnologia.
Além da praticidade, os algoritmos também identificam lacunas que nem sempre podem ser encontradas rapidamente por profissionais da linha de frente.
Com soluções integradas e inteligentes, não apenas a organização do banco de dados fica mais eficiente, como aponta soluções que fazem sentido para a companhia.
Como exemplo, a NeuralMed oferece o Atlas, uma solução para mapear os pacientes de alto risco antes de entrarem na fase aguda da doença.
Para tanto, os dados dos clientes são refinados, utilizando todo o potencial da Inteligência Artificial para analisar, em segundos, milhões de dados não estruturados e, então, encontrar esses pacientes.
Por meio do cruzamento de diversos tipos e fontes de dados, esses algoritmos de visão computacional e NLP (Processamento de Linguagem Natural) ajudam na otimização de recursos e possibilitam um tratamento mais humanizado e preventivo junto aos pacientes.
Ainda, a inteligência artificial ajuda a operadora a atender as boas práticas em Atenção à Saúde de Operadoras de Planos Privados de Assistência à Saúde (PCBP), definidas pela ANS nas resoluções normativas 440 e 452.
O programa visa a melhoria da gestão de saúde e no atendimento aos beneficiários, bem como na tomada de decisões mais precisas.
Softwares de imagem e solução de texto
Para reduzir as sinistralidades na saúde, vale a pena investir em softwares de imagem e solução de texto.
Vale destacar aqui uma das soluções da NeuralMed para triagem de pacientes. A empresa desenvolveu algoritmos, focados nesta etapa de atendimento, proporcionando benefícios como otimização no fluxo de pacientes e maior assertividade no diagnóstico, diminuindo o índice de falsos negativos.
Este tipo de solução pode ser aplicado em diversas formas para atender stakeholders dentro do setor de saúde, como Hospitais, Clínicas diagnósticas, Centrais de Laudo, entre outros, identificando falhas e lacunas que podem ser preenchidas.
Assim, algoritmos são capazes de otimizar os custos assistenciais direcionando os pacientes para um plano ou programas que melhor atendam suas necessidades, podendo reduzir as sinistralidades da saúde.
Machine Learning para análise
O Machine Learning na saúde é um aliado para o aprimoramento contínuo das soluções de tecnologia, e ajudam os programas a se adaptar a cada companhia.
Dessa forma, mesmo que o volume de dados aumente, o aprendizado inteligente permite que a análise acompanhe esse crescimento de forma estratégica.
Além disso, para reduzir a sinistralidade da saúde, é importante ter avaliações concretas das informações, e treinar as plataformas para isso é uma alternativa interessante para as operadoras.
Focar na atenção primária à saúde
A atenção primária à saúde foca na redução de danos, promoção do bem-estar e diagnósticos antes que a condição se agrave. Isso poderia levar a mais custos assistenciais, comprometendo a sinistralidade da companhia.
No entanto, com uma atenção primária, a operadora pode influenciar diretamente na qualidade de vida do beneficiário e reduzir as chances de desenvolver problemas maiores.
Isso deve ser feito por meio de um acompanhamento contínuo, com incentivo a visitas regulares ao médico e foco nos primeiros sintomas, de preferência desde os primeiros meses de vida de um indivíduo.
Além de reduzir a sinistralidade na saúde, também atende as novas linhas da medicina preventiva, que se torna cada vez mais importante no cenário de atendimento.
Cuidar para descobrir condições crônicas quanto antes traz mais qualidade de vida e economias para todo o sistema.
É possível controlar a sinistralidade na saúde?
Sim, é possível controlar a sinistralidade na saúde por meio de soluções tecnológicas e abordagens preventivas em relação aos beneficiários.
Muitas informações podem ser identificadas tardiamente, gerando mais custos assistenciais em busca de diagnósticos e tratamentos para quadros mais graves.
Atuar nesse segmento e focar na saúde primária do paciente pode controlar essa relação de gastos, além de proporcionar um atendimento mais assertivo para cada caso.
Por esse motivo, vale a pena considerar soluções inteligentes para a sua operadora, e obter resultados mais sólidos no controle da sinistralidade dos seus serviços.